Tenho certeza que você reparou no Evangelho de hoje, que quando Maria foi a Jesus dizer que tinha acabado o vinho Ele disse que sabia. O que nos chama atenção é Jesus chamar Maria de mulher. Se vermos no livro do gênesis fala da inimizade entre a serpente e a mulher.
Quando Jesus chama Maria de mulher, está dizendo que ela é a mulher do gênesis, a prometida que esmagaria a cabeça da serpente. Isso me facilitou, abriu o caminho para que entendesse as vezes que Jesus a chama assim. Houve outra situação em que Jesus a chama de mulher, quando Ele estava na cruz e a entrega a João: “Muher, eis aí teu filho”. Com isso ele está dizendo: “Mulher, assim você está esmagando a cabeça da serpente”.
Depois fui ver que no livro do Apocalipse Maria também é chamada de “mulher”. Este foi o triunfo daquela mulher, o cume da mulher do Gênesis, aquela que tem a vitória junto a Jesus.
Maria é a mulher do Gênesis, Apocalipse, das Bodas de Caná e dos pés da Cruz. Nós também podemos chamar Maria de mulher como Jesus chamou.
Fiquei feliz em ser os Folcolares a animarem a Missa. No final da minha teologia fiquei doente, meus olhos não conseguiam fixar, não conseguia ler. Os médicos não conseguiam identificar o que eu tinha. Meus superiores me aconselharam a deixar o seminário, estava lá há 15 anos. Não me mandara embora, era por causa da minha saúde, mas para mim era muito difícil.
Fui para hospital um médico muito zeloso cuidou de mim, foi um pai na situação em que eu estva. Quando chegou no mês de Julho a superiora me disse que estava tendo uma Mariápolis na cidade vizinha. Graças a Deus sem saber o que era, fui. Meus colegas de seminário até me desencorajaram a ir, mas mesmo assim fui. Chegando lá o rapaz que estava cuidando da porta pediu para esperar para entrar porque havia um rapaz dando testemunho. Este rapaz dizia que durante uma viagem ele pegou uma intoxicação, por isso foi obrigado a ficar parado no hospital por 15 dias. Ele perguntava a Deus porque estava naquela situação, se precisava organiza aquele encontro. Mas nesses dias ele ficou ali no hospital falando de Deus para as pessoas, Deus queria se aproveitar daquela doença.
Aquele testemunho se encaixou diretamente na minha situação, foi me dando respostas de Deus para os meus “porques”. Durante umas das noites na Mariápolis, estava sozinho no meu quarto, peguei o evangelho e abri, não costumava fazer aquilo, mas abri e caiu no evangelho de São Mateus quando diz: “E vós quem dizeis que eu sou”. Cai de joelhos mo chão e me entreguei de maneira totalmente nova a Deus. No outro dia eu estava diferente, as coisas estavam diferentes.
Após a Mariápolis e após meu encontro pessoal com Jesus tudo mudou em minha vida. Tive a coragem de ir a meu superior e pedi para que mesmo naquela situação, que eu fosse ordenado. Ele disse que se eu passasse nos exames do semestre poderia ser ordenado. Rapidamente voltei ao seminário e comecei a estudar. A dor de cabeça e a situação dos meus olhos não passaram, mas eu me esmerei em estudar. O bonito é que os professores, quando chegou a época dos exames fizeram questão de que fossem orais. Por um lado foi bom, não exigia tanto das minhas vistas, mas ao mesmo tempo poderiam me perguntar o que quisessem, e de fato, perguntaram. Queriam saber se eu sabia sobre tudo. No dia 8 de dezembro de 1964 fui ordenado sacerdote. Graças ao meu encontro pessoal com Jesus, data importantíssima.
Se você já teve seu encontro com o Senhor sabe do que eu estou falando, mas se ainda não teve peça a Virgem de Nazaré que lhe dê. Foi necessário que eu saísse do seminário para ter um encontro com Cristo.
Não é todo mundo que tem encontro pessoal com Jesus. É diferente. Muda a vida da gente. Peçamos que a mulher do Gênesis ao Apocalipse interceda por seu encontro pessoal com Jesus, se você já o tem que ela interceda pela renovação, manutenção em seu encontro com Jesus.
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair
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