terça-feira, 18 de abril de 2017

Peça a Mãe que o Filho atende.


Maria, passa na frente e vai abrindo estradas, portas e portões, abrindo casas e corações.
A Mãe indo à frente, os filhos estão protegidos e seguem teus passos. Ela leva todos os filhos sob sua proteção.

Maria, passa na frente e resolve aquilo que somos incapazes de resolver. Mãe, cuida de tudo que não está ao nosso alcance. Tu tens poderes para isso.
Vai Mãe, vai acalmando, serenando e amansando os corações, vai acabando com o ódio, os rancores, mágoas e maldições.

Maria, vai terminando com as dificuldades, tristezas e tentações, vai tirando seus filhos das perdições. Maria, passa na frente e cuida de todos os detalhes, cuida, ajuda e protege a todos os seus filhos. Maria Tu és a Mãe também porteira. Vai abrindo o coração das pessoas e as portas nos caminhos. Maria, eu te peço, passa na frente e vai conduzindo, levando, ajudando e curando os filhos que precisam de Ti.
Ninguém pode dizer que foi decepcionado por Ti, depois de ter chamado ou invocado. Só tu, com o poder de teu Filho, pode resolver as coisas difíceis e impossíveis. Nossa Senhora, faço esta oração pedindo a tua proteção, rezando um Pai-Nosso e três Ave- Marias.
Amém.
Juliana de Paula canta “Maria passa na frente”

quinta-feira, 9 de março de 2017

DIGA NÃO AO PL DO ABORTODUTO!

Em 2013, foi aprovada uma lei que ficou conhecida como lei Cavalo de Troia. O objetivo de seus proponentes era criar mecanismos para implementar o aborto na rede pública de saúde.
Os responsáveis pelo texto da lei usaram como elemento de persuasão o grave e complexo tema da violência contra a mulher, justamente por se tratar de um assunto que sensibiliza qualquer pessoa normal.
Como não seria de bom tom falar explicitamente em aborto, os responsáveis pelo texto da lei Cavalo de Troia recorreram a duas mudanças na linguagem para conseguir a adesão da população.
A primeira mudança foi a substituição da palavra “estupro” por “relação sexual não consentida”, expressão mais ampla e que poderia claramente ser usada para se referir a casos que não configuram estupro em sentido estrito.
A segunda mudança foi a substituição da palavra “aborto” por “profilaxia da gravidez”.
Com essas duas alterações, criou-se um precedente para implementar o aborto na rede pública de saúde. Porém, faltava um elemento importante: o dinheiro para financiar o aborto.
Para solucionar o problema, as feministas criaram o PL 7371, que mais uma vez usa a nobre causa do combate à violência contra a mulher a fim de implantar o aborto no Brasil.
Esse PL prevê a criação de um fundo de combate à violência contra a mulher, o qual poderia receber dinheiro do exterior. Era o que faltava para custear o aborto irrestrito (com base nas artimanhas da lei Cavalo de Troia) sem a necessidade de onerar o Estado (pois o dinheiro viria de outros países e das fundações internacionais que tanto querem implementar o aborto no Brasil).
Veja-se abaixo uma prova de que o projeto realmente visa à implementação do aborto:

confissão de culpa

 A situação é muito grave. O projeto poderá ser pautado para ser votado até o dia 8 de março (dia internacional da mulher). Portanto, precisamos agira AGORA!
Assine a petição para enviar um e-mail às lideranças de partidos, alertando-os para que não pautem o projeto. Compartilhe o link da petição com o maior número possível de pessoas!

Para mais informações, acesse os links abaixo:
 - Professoras mostram a verdadeira face do PL, que ao supostamente dizer que defende as mulheres, é só a porta de entrada para a carnificina nos hospitais públicos. Um verdadeiro abortoduto
- Mulheres analisam o Projeto de lei que diz defender a mulher, mas é só mais uma peça no quebra-cabeças da cultura da morte, no Brasil.
https://youtu.be/vSPvN0F_nro
- O Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra as mulheres terá suas ações atendidas pelo PL 7371. O que quer dizer? Quer dizer que o Fundo do qual trata esse PL servirá para colocar em ação as políticas desse Plano Nacional, que inclui "assistência ao aborto".
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpm_compacta.pdf
- A tática dos grupos abortistas, que aparelharam o Ministério da Saúde, em, através das Normas Técnicas, facilitar ao máximo as táticas abortistas.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_abortamento_norma_tecnica_2ed.pdf

quarta-feira, 8 de março de 2017

ENTENDA: A FARSA DO DIA 8 DE MARÇO, SEGUNDO O MUNDO.


Quando pensamos na data do “Dia Internacional da Mulher” logo nos vem à mente aquela história comovente das operárias queimadas vivas durante uma greve pelo patrão dentro de uma fábrica nos EUA. Essa é a história repetida incansavelmente pelas feministas, pela mídia e pelos professores todos os anos quando se aproxima o Dia Internacional da Mulher, usam o suposto fato como prova cabal da opressão machista e da crueldade capitalista. Talvez se parássemos para pensar que só em supor que um empresário (louco por lucro) colocaria fogo em toda a sua fábrica, destruindo seu patrimônio, parece um tanto controversa, mas vamos direto aos fatos.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, texto

Durante dez anos a pesquisadora canadense Renée Côté pesquisou em diversos artigos e fontes da Europa, Estados Unidos e Canadá e não encontrou nenhum rastro ou prova que a tal da greve de 1857 tenha realmente acontecido. Depois de pesquisar profundamente sobre o assunto a notícia era inexistente nos jornais da grande mídia da época.

O livro de Renée foi intitulado como “O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas” e serviu como base de estudos para a brasileira Dolores Farias da UFCE (Universidade Federal do Ceará), que também reafirma que a data não passa de um mito. Apesar do livro ter sido lançado em 1984, ele ainda hoje é totalmente desprezado, justamente por colocar em xeque todo o engodo usado pelas feministas. Ao longo de quase 240 páginas a pesquisadora nos faz entender que os tais acontecimentos foram puramente inventados pelos movimentos feministas dos anos 60, 70, 80 para incriminar o capitalismo (com a figura do patrão americano) e o machismo usando as 129 mulheres da história como vítimas.

A primeira menção sobre essa greve apareceu no jornal do Partido Comunista Francês, no dia 7 de Março de 1955 e sem nenhum dos detalhes que seriam usados para dramatizar a história posteriormente.
Os sites esquerdista “A Nova Democracia”, "Piratininga" e "PSOL SP" assumem publicamente que essa data é um mito e um deles afirma que “A celebração do 8 de março se tornou uma das mais fortes tradições do movimento popular, revolucionário e comunista em todo o mundo, e um dos mais importantes símbolos da luta de libertação da classe operária.”, ou seja, é uma data para comemorar a degradação da mulher tão inerente ao socialismo e o feminismo.

Espero que vocês busquem conhecer à fundo mais conteúdos sobre este assunto, e utilizem as fontes que deixarei à disposição para nortear novas pesquisas que nos ajudem a desmascarar tantas farsas.
Mas afinal, o que podemos concluir com isso? Podemos concluir que o que mais aprisiona as mulheres em nossos tempos não são os homens, mas sim o movimento feminista, que tem se aproveitado de mentiras como essa para sustentar seu ativismo insano e destruidor. Precisamos abolir o feminismo e suas raízes com urgência de nossas vidas.

O mesmo feminismo dos anos 60 que "lutava" pela revolução sexual é o que vemos hoje, só que hoje com muito mais patrocínio e apoio do que naquele tempo. O que nós, mulheres que buscamos viver com dignidade e segundo a vontade de Deus, devemos fazer é usar essa data ao nosso favor, desmascarar as mentiras, afirmar a nossa feminilidade e instruir nossas irmãs que carecem de ensinamentos e ainda vivem afogadas na mentira.

Precisamos enxergar o dia 8 de Março fora das lentes marxistas que o criaram, e vê-lo assim como o Dia do Homem, o Dia da Criança, o Dia dos Avós, etc. Precisamos considerar este dia como uma oportunidade de reconstruirmos a nossa identidade e, principalmente, agradecer à Deus pelas grandes mulheres que passam por nossas vidas e por todas aquelas que durante a história servem como referencial de virtude e plenitude feminina.


Fontes:


Lobo Sagrado: http://bit.ly/1A2e2Rc

Site A Nova Democracia: http://bit.ly/1w8G8xM

Mentira ou verdade? http://on.fb.me/1FgmFv9

Jornal Praia da Costa: http://bit.ly/1EkcB7d


Site do Psol: http://bit.ly/1Kuxd0i/

Contrafeminismo: http://bit.ly/1CDUY1A

CÓTÊ, Renée. La Journee internationale des femmes, ou, Les vrais faits et les vraies dates des mysterieuses origines du 8 mars jusqu'ici embrouillees. 1984 (http://amzn.to/1KuxMXZ).

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Quarta-feira de Cinzas: jejum e abstinência obrigatórios.

Conforme o Código de 1983, eis as normas:

Jejum: fazer apenas uma refeição completa durante o dia e, caso haja necessidade, tomar duas outras pequenas refeições que não sejam iguais em quantidade à habitual ou completa. Não fazer as refeições habituais, nem outros petiscos durante o dia (embora, pela tradição, se possa beber algo sem açúcar). Estão obrigados ao jejum os que tiverem completado dezoito anos até os cinquenta e nove completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Grávidas e doentes estão dispensados do jejum, bem como aqueles que desenvolvem árduo trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.

Abstinência: deixar de comer carnes de animais de sangue quente (bovina, ovina, aviária, bubalina etc), bem como seus caldo de carne. Permite-se o uso de ovos, laticínios e gordura. Estão obrigados à abstinência os que tiverem completado quatorze anos, e tal obrigação se prolonga por toda a vida. Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.

Quarta-feira de Cinzas: jejum e abstinência obrigatórios.

Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor: jejum e abstinência obrigatórios.

FALTA DE TEMPO?


DEVOÇÃO À SAGRADA FACE

Dia de devoção da Sagrada Face: toda terça-feira
Festa da Sagrada Face: terça-feira de Carnaval.


🚩 “Toda vez que alguém contemplar a Minha Face, derramarei o Meu amor nos corações. E por meio da Minha Face obter-se-á a salvação de muitas almas“ (Nosso Senhor a Beata Irmã Maria Pierina, 1945, em Milão).


A Santa Igreja acredita que a devoção a Sagrada Face tenha sido querida pelo próprio Cristo, quando deixou nítida sua face no SUDÁRIO DE VERÔNICA e no SANTO SUDÁRIO DE TURIM.


Iniciada por Santa Terezinha, a devoção teve uma grande mensageira, Irmã Mª Pierina de Michele, que desde jovem dedicou-se as coisas espirituais.
Ainda com 12 anos, durante a Sexta-Feira Santa, ouvi uma voz que dizia:
"NINGUÉM ME DÁ UM BEIJO DE AMOR NA FACE PARA REPARAR O BEIJO DE JUDAS".
Quando ainda era uma noviça recebeu autorização para fazer adoração noturna e durante a Quinta-Feira Santa, rezava diante do Crucificado escutou:
"BEIJA-ME".
Imediatamente a Irmã obedeceu e ao beijar a face da imagem de Cristo na Cruz, sentiu a própria face viva de Cristo.
Anos depois, ao ser transferida, reclamava das injustiças que sofria, achando que não as merecia foi quando Cristo se manifestou para ela, ensanguentado e dizendo:
"E EU O QUE FIZ?".

#catolicodetodocoracao #sagradaface#sudariodeturim #shroudofturin#irmãmariapierinademicheli#mariapierina #devocao #devoção#devoçãoasagradaface #eeuoquefiz#beijame #repareobeijodejudas

Para a Quaresma o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações concretas de amor 💞

Para a Quaresma o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações concretas de amor:

1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo).
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com  alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos  e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que ele possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que  sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.

O MELHOR JEJUM

• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e  encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se  de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.

- Papai Francisco

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Sexta-feira de 7.ª Semana do Tempo Comum (P) - O mistério do matrimônio.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 10, 1-12).



(Vídeo)

Naquele tempo, Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.

Jesus perguntou: "O que Moisés vos ordenou?" Os fariseus responderam: "Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la". Jesus então disse: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!"




Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".


A indissolubilidade matrimonial, proclamada por Cristo no Evangelho de hoje e sempre defendida com coragem pela Igreja Católica, é uma das notas características e essenciais do casamento. Ao criar Adão e Eva, com efeito, Deus os fez um para o outro, e não para que um tirasse proveito dooutro; quis, portanto, que houvesse entre eles um vínculo de amor e comunhão que se assemelhasse, em nível propriamente humano, àquele elo estreitíssimo de caridade que une, na unidade de uma só substância, as três Pessoas da Santíssima Trindade. No entanto, como o ser humano, instigado pela serpente infernal, desobedecesse a Deus, o relacionamento entre o homem e a mulher, agora desordenado pelo pecado, passou a ser marcado pelo egoísmo, como indicam as mútuas acusações com que Adão e Eva tentam eximir-se da culpa cometida. Por isso, a fim de restituir o matrimônio à sua dignidade original, Deus foi catequizando aos poucos o seu povo eleito para que, sob a Nova Aliança, tivéssemos por meio de Cristo Crucificado a graça de viver o casamento como os nossos primeiros pais o viveram antes da Queda. Rezando hoje por todos os casais, peçamos ao Pai que, confiantes no auxílio da graça sacramental, possam os esposos amar suas mulheres como Cristo amou a Igreja e as mulheres, submeter-se a seus maridos como a Igreja mantém-se indefectivelmente obediente e fiel Àquele que por ela entregou a própria vida.

- Padre Paulo Ricardo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Para começar o dia com uma das orações mais profundas e arrebatadoras de toda a história da humanidade. Bom dia!

“Tarde Te amei!” De Santo Agostinho, uma das mais arrebatadoras orações de todos os tempos. 🍃
"Et ecce intus eras et ego foris et ibi te quaerebam, et in ista formosa quae fecisti deformis irruebam..."

1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.

2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…

3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.

4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.

5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.

6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!

7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…

8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!

Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29

Fonte: Aleteia

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Posso comungar com minhas próprias mãos o Corpo e Sangue do Senhor?

(Vídeo)

No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por exclusão, como se as outras não fossem reais, mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo."
E o Catecismo dedica ainda os próximos números a explicar, por meio das palavras dos grandes santos da Igreja a importância e majestade da Eucaristia. Diante disso, a resposta para a pergunta parece óbvia: não é permitido comungar com as próprias mãos o Corpo e o Sangue de Cristo. Entretanto, na prática, as ações não são assim, tão claras. A Igreja, por isso, teve sempre um cuidado extremo para com as espécies consagradas e várias instruções foram publicadas nesse sentido. A Instrução Geral do Missal Romano no número 160 é bem clara quanto ao modo de se comungar:
“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "
Não existe margem para erro diante dessa instrução, porém, em muitas paróquias o erro acontece e o que se vê são fiéis tomando a hóstia consagrada com as mãos, molhando-a no preciosíssimo Sangue de Cristo, na chamada “comunhão self-service". No caso da comunhão por intinção só existe uma forma de recebê-la: na boca, diretamente das mãos do sacerdote. É o que diz a instrução Redemptionis Sacramentum, no número 104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada". O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:
"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)
O argumento definitivo, porém, é dado pelo próprio Jesus, na última ceia, quando Ele “…tomou um pão e, tendo-o abençoado, partiu-o em distribuindo-o aos discípulos", instituiu, assim, a Eucaristia. Dessa forma, é claro que o ato do sacerdote distribuir a comunhão aos fiéis faz parte dos verbos, dos gestos concretos, das ações de Cristo, não sendo aceitável inovações ou modos de fazer diferentes dessas ampla e claramente convencionadas.

Assim, ao fiel é dado escolher entre tomar a comunhão na mão ou diretamente na boca (RS 92), uma vez que “a comunhão somente sob a espécie do pão permite receber todo o fruto da graça da Eucaristia" (CIC 1390). No caso, porém, de comunhão por intinção, é lícito somente recebê-la na boca e diretamente das mãos do sacerdote.
“Com devoção te adoro, latente divindade. Que, sob essas figuras, te escondes na verdade; meu coração de pleno sujeito a ti, obedece, pois que, em te contemplando, todo ele desfalece. A vista, o tato, o gosto, certo, jamais te alcança; pela audição somente te creem em segurança; creio em tudo o que disse de Deus Filho o Cordeiro, nada é mais da verdade que tal voz, verdadeiro."
Fonte: Padre Paulo Ricardo.

Por que é necessário fazer ação de graças após a comunhão?


Se a celebração da Missa já é uma "ação de graças", por que é preciso fazer alguns minutos de ação de graças depois da comunhão? Não seria essa uma repetição desnecessária?
(Vídeo)

Há quem diga não ser necessário fazer ação de graças depois de ter recebido a comunhão. Se a celebração eucarística já é, como indica a palavra grega εὐχαριστία, uma "ação de graças", não seria essa prática repetir o que já foi feito na Missa?
O que está em questão, na verdade, mais do que um "jogo de palavras", são a natureza do sacramento da Eucaristia e como ele age na alma dos que o recebem. Segundo Santo Tomás de Aquino, "este sacramento produz em relação à vida espiritual o efeito que a comida e a bebida materiais produzem a respeito da vida corporal" (S. Th., III, q. 79, a. 1).


Um dos pontos defendidos pela chamada "nutrição funcional" é que as pessoas não são simplesmente o que comem, mas o que conseguem absorver dos alimentos que ingerem. Assim, de nada adianta consumir produtos nutritivos, se não se aproveitam as substâncias que eles contêm. Analogamente, há muitas pessoas participando da mesa eucarística, sem todavia aproveitar de seus frutos: embora realmente recebam Jesus – porque é Ele quem está presente na hóstia consagrada, com Seu corpo, sangue, alma e divindade –, o divino hóspede passa por suas almas sem deixar rastro, porque elas não se abrem à Sua ação. Infeliz e desgraçadamente, são muitas as comunhões, mas poucas as almas comungantes; muitos que recebem Nosso Senhor, mas poucos que verdadeiramente se unem a Ele.
A Teologia nos ensina que a presença de Cristo na Eucaristia "perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho" [1]. Isso quer dizer que, nos poucos minutos em que as aparências do pão permanecem indigeridas, logo após a comunhão, Jesus Cristo está fisicamente unido a quem comunga, tocando todo o seu ser com a Sua divina humanidade. Essa ação acontece ex opere operato, isto é, por força do próprio sacramento: Deus verdadeiramente envia a Sua graça, bastando que nos disponhamos a recebê-la.
Não é suficiente, portanto, que a pessoa se ponha em contato com Cristo, se não reconhece, com a fé, a grandeza de quem a visita, e não trata com amor este esposo que vem chamá-la à união Consigo. Assim como eram muitos os que circundavam Jesus, mas somente a hemorroíssa foi curada, porque tocou com confiança na fímbria de Seu manto (cf. Jo 5, 25-34). Se o problema de alguns é com a linguagem, se a expressão "ação de graças" gera incômodos, procure-se um outro termo ou mesmo que não se use nenhum, contanto que seja dada a devida atenção ao divino hóspede das almas.
Ao receber o corpo puríssimo e mansuetíssimo de Cristo, peçamos a Ele que nos cure de nossa impureza e irascibilidade, e nos ajude a viver a castidade e a mansidão de coração. Ao ver a Sua sapientíssima e amorosíssima alma unida à nossa, supliquemo-Lhe que nos cure de nossa ignorância e de nossa má vontade, iluminando a nossa inteligência com a Sua luz e fortalecendo a nossa vontade com o Seu ardentíssimo amor. Só não desperdicemos esse tempo oportuno, em que Deus nos visita maravilhosamente na humanidade de Seu divino Filho.

Referências

  1. Papa São João Paulo II, Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia (17 de abril de 2003), n. 25 (DH 5092).
  2. Site: Padre Paulo Ricardo.

Por que cobrimos as imagens sacras na Quaresma?

(Vídeo - Explicativo)

De onde vem o costume católico de velar as imagens sacras durante o tempo litúrgico da Quaresma?
A resposta para essa questão deve ser encontrada na riquíssima arquitetura litúrgica da Igreja. Em primeiro lugar, não é verdade que as imagens sejam cobertas por toda a Quaresma, mas somente nos dias que precedem a Paixão do Senhor, mais exatamente a partir do 5.º Domingo da Quaresma. Diferentemente do Missal Romano de 1962, as rubricas do Missal de Paulo VI não preveem mais a obrigatoriedade dessa prática (cf. Paschalis Sollemnitatis, n. 26). Cabe às Conferências Episcopais discernir a oportunidade de se manter esse costume em cada região, a depender da recepção cultural que o acompanha. Como o Brasil é um país de antiga tradição católica, não há problema algum na sua observância.

Mais importante que a letra da rubrica, porém, é compreender o seu significado. Ao velar o crucifixo, até a Sexta-feira Santa, e as imagens dos santos, até a Vigília Pascal, a Igreja antecipa o luto pela morte de seu Senhor, incutindo nos fiéis uma mortificação à sua visão. O foco das leituras também é outro: nas primeiras semanas da Quaresma, os textos litúrgicos chamavam sobretudo à penitência e à conversão pessoais; a partir da 5.ª semana da Quaresma — que, no calendário antigo, se chamava simplesmente 1.º Domingo da Paixão —, os fiéis começam a ouvir as narrativas do Evangelho de São João, chamados a manter o olhar fixo em Jesus crucificado, não tanto com os olhos da carne, mas com os da alma.
Em sua pedagogia de mãe, portanto, a Igreja introduz-nos em um mistério. Neste fim de semana, as cruzes são veladas, mas, na Sexta-feira da Paixão, novamente elas são descobertas e dadas à adoração dos fiéis. Com esse gesto, os católicos, evidentemente, não adoramos um pedaço de madeira ou de gesso (cf. S. Th., III, q. 25, a. 4), mas o amor de Cristo que se manifestou na Cruz. Aproveitemos esse tempo de silêncio e sobriedade, intensifiquemos a nossa vida de penitência e meditemos sobre o infinito amor do Senhor, o qual, "amando os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1).
Fonte: Pe. Paulo Ricardo.

O QUE REALMENTE SIGNIFICA O APOIO E A BÊNÇÃO À EXPOSIÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA NO CARNAVAL?

O QUE REALMENTE SIGNIFICA O APOIO E A BÊNÇÃO À EXPOSIÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA NO CARNAVAL?
As muitas manifestações ocorridas em torno da polêmica ocasionada pelo apoio de autoridades católicas à exposição da imagem de Nossa Senhora na festa do carnaval deve-nos fazer dar conta da grande confusão e profunda desorientação em que se encontra o nosso povo. O avançado processo de deterioração da sociedade, resulta sobretudo, do avançado processo de deterioração do clero católico. Embora a Igreja possua uma doutrina clara e princípios sólidos que devem nortear a conduta moral de seus fiéis, desde há muito, esta clareza e a solidez destes princípios vêm sendo omitidos, negados e combatidos de forma sistemática dentro da própria Igreja. Os fiéis estão confusos e desorientados. Perdeu-se a consciência da universalidade e perene validade dos princípios morais, dos mandamentos de Deus e da lei objetiva que devem orientar a conduta dos cristãos. Têm-se a impressão que a doutrina católica muda de paróquia para paróquia, de diocese para diocese, à depender do padre ou bispo que esteja à frente.


São poucos os pastores de almas que assentam a sua pregação na solidez da Palavra de Deus, do Magistério e da Tradição, aplicando os princípios perenes para orientar os fiéis nas questões práticas do dia a dia. Embora nos tenha advertido fortemente Bento XVI, a ditadura do relativismo vai se impondo de maneira inexorável e atordoante. O despreparo, a omissão, a covardia, bem como a infiltração herética e revolucionária dentro do clero católico, é sem dúvida, o principal fator da marcha deste relativismo que avança dentro da Igreja e da sociedade. Primeiro se combatia a Igreja, depois, de maneira orquestrada, passou-se a contestar a doutrina e os princípios cristãos no meio intelectual, desde fora pelos não católicos, e desde dentro pelos infiltrados ou por aqueles que iam se convencendo da validade das novas ideias, sem contar um grande número daqueles que, por causa da mediocrização da formação e afastamento da sã doutrina, sequer eram (e são) capazes de perceber o problema. Colocadas as bases teóricas para se estabelecer a confusão, passou-se à aplicação prática da heterodoxia que agora, em um mundo relativizado, poderia ser apresentada como uma interpretação da “verdade”, pior ainda, como uma necessária e “legítima” forma de apresentar a doutrina para o mundo atual. É neste último estágio, que se insere a ação de muitas autoridades da Igreja hoje, incluindo os lamentáveis episódios das bênçãos a sambódromos e à autorização do uso da imagem de Nossa Senhora na festa do carnaval. Ao autorizarem e abençoarem o uso da imagem de Nossa Senhora, em meio à podridão moral que significa o carnaval, as autoridades religiosas estão acenando ao povo que o carnaval é algo bom e a presença dos cristãos é algo desejável. Deste modo, se quebra a resistência de muitos que apegando-se à Palavra de Deus, à pregação dos santos, e às muitas mensagens de Jesus e Maria, condenavam as práticas promovidas por tal evento.
A Palavra de Deus condena veementemente as orgias, bebedeiras, impurezas, promiscuidades, adultérios, roubos, devassidão e tantas outras práticas promovidas pelo carnaval. Desde que se tem registros destas festas na era cristã, todos os santos, pastores e missionários, pregaram contra tal evento, por significarem evidente meio de perdição e condenação. São Vicente Ferrer chamava o carnaval de tempo infelicíssimo em que muitos cristãos corriam apressuradamente para a condenação. Com razão, São João de Foligno chamava o carnaval de colheita do diabo. À Santa Margarida Maria Alacoque, Jesus lamentava profundamente a enormidade e quantidade dos pecados cometidos nesta festa mundana. São João Maria Vianey, o Cura D’Ars, dizia que, não há um só mandamento que os bailes não transgridam, e que os mesmos são caminhos certos para o Inferno. Em 1940, Jesus pediu à Lúcia de Fátima que transmitisse ao Cardeal Patriarca de Lisboa, seu desejo de que fossem abolidas as festas profanas do carnaval, e fossem substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas, isto como forma de reparação e súplica por Portugal e demais nações. No final da década de 80 (1989), o então Cardeal do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Sales, impediu a exposição da imagem do Cristo Redentor pelo carnavalesco Joãozinho Trinta da Escola de Samba Beija Flor, por compreender que tal exposição seria uma profanação e levaria à confusão entre os fiéis que poderiam pensar que a Igreja aprova este evento pernicioso. Em nossos dias, quase 80 anos após o pedido de Jesus à vidente de Fátima para que se abolisse o carnaval, e quase 30 anos após de o grande Cardeal Dom Eugênio Sales ter impedido a profanação da imagem do Cristo Redentor, o Cardeal de São Paulo juntamente com uma Comissão de Bispos aprovam por unanimidade a exposição da imagem de Nossa Senhora no carnaval de São Paulo por parte de uma escola de samba. Devemos nos perguntar: O que faz estes senhores bispos pensarem que sua atitude foi boa? Só haveriam duas possibilidades da atitude destas autoridades ser boa: Ou de 80 anos para cá o carnaval tornou-se uma festa santa, familiar e promotora da virtude ou Jesus mudou de ideia e os princípios da moral cristã perderam sua validade…
Se descartarmos firmemente as duas teses esdrúxulas, temos que forçosamente concluir que a atitude dos bispos e padres que autorizaram, abençoaram ou apoiaram tal apresentação da sagrada imagem de Nossa Senhora em meio a promiscuidade do carnaval, está profundamente equivocada e têm levado à confusão, à tristeza, à indignação e à perplexidade inúmeros fiéis. Longe de nós querermos julgar a intenção dos corações de nossos pastores, entretanto é nosso dever expor o erro, o grave erro dos mesmos e as consequências desastrosas para a vida da Igreja e dos fiéis, pois o que está em questão é a Palavra de Deus e a salvação de muitas almas. A partir do momento em que bispos e padres (famosos ou não) aprovam, abençoam e apoiam uma festa como o carnaval, estão se colocando na contramão da Palavra de Deus, dos princípios cristãos, das pregações dos santos e das muitas mensagens de Jesus e Maria. Ainda que não seja a intenção dos mesmos, acabam por relativizar a mensagem do Evangelho e contribuem para remover o pouco que ainda resta dos princípios da moral cristã que orienta os que ainda possuem a ventura de crer. O povo em geral não estuda princípios morais ou éticos, mas para quem mal lê ou escuta o Evangelho, as palavras e atitudes de seus pastores acabam por ser critérios para muitos se orientarem. Ao “abençoar” um sambódromo ou aprovar a exibição da imagem de Nossa Senhora no carnaval, a maior parte das pessoas entenderão que se trata de uma festa boa e que o que ali acontece não é algo de tão execrável assim. Se existe a bênção e o apoio de bispos e padres a uma festa onde se promove a nudez, a pornografia, a promiscuidade, o adultério, a bebedeira, as drogas, que ocasionam violência e inúmeros abortos e outros tantos males, ficará difícil condenar estes mesmos vícios e males que tanto mal fazem ao nosso povo, às famílias e à sociedade em geral.
O carnaval não é apenas um meio “privilegiado” e eficiente que o diabo usa para aprisionar as pessoas no vício e conduzi-las ao Inferno; É também um grande desastre social na medida em que introduz muitíssimas pessoas nos vícios do alcoolismo e das drogas, o que por sua vez gerará muitos assassínios e roubos, lança muitíssimos outros na estatística dos positivados em HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (pois ao contrário da propaganda oficial, os preservativos não seguram muita coisa), provoca inúmeros abortos como consequência da promiscuidade, introduz muitos jovens no mundo do tráfico e da prostituição, etc, etc, etc…
Quanto custará ao Estado a recuperação de cada viciado? O tratamento de cada um dos contaminados pelo HIV e outras DST’s? A manutenção dos que foram presos? O cuidado das que provocam aborto? Isto sem contar toda sujeira e poluição que os foliões deixam para trás. Chega a ser patético o esforço que muitas autoridades da Igreja tem feito para justificar o seu apoio e bênção à apresentação da imagem de Nossa Senhora na festa profana do carnaval. Para justificar o injustificável, evocam a presença de Jesus entre prostitutas e pecadores, esquecendo-se do fato de que a presença de Jesus em meio aos pecadores jamais foi com o objetivo de aprovar ou abençoar seus vícios, mas sim de chamá-los à conversão. As autoridades da Igreja envolvidas no atual episódio, perderam singular ocasião de à exemplo do grande Cardeal Eugênio Sales, reafirmar a solidez dos princípios cristãos, a perenidade dos mandamentos de Cristo, a perversidade de festas como o carnaval e sua clara incompatibilidade com a reta conduta cristã, bem como a reafirmação do respeito que se deve ter ao sagrado símbolo de nossa fé. O relativismo doutrinal e moral, o politicamente correto, o respeito humano e a covardia têm feito naufragar na fé muitas autoridades da Igreja, e desgraçadamente muitas ovelhas que destes dependem. Não foi em vão que no início da década de 60, Nossa Senhora disse em Garabandal: “Muitos Cardeais, bispos e padres estão a caminho do inferno e a levar muitas almas consigo.” Ao discordar e se opor à atitude de nossos pastores, não se tem a intenção de faltar o respeito às autoridades estabelecidas, mas sim de mostrar o fato de que estas mesmas autoridades são falhas e que em muitas ocasiões (por diferentes razões), estão em contradição com o Evangelho e com a Tradição da Igreja. Muitos classificam como ousado ou desrespeitoso o fato de nos opormos a uma autoridade, mas não vêem nenhum problema em estas mesmas autoridades atropelarem a Palavra de Deus e os princípios cristãos, expondo ou induzindo ao erro muitíssimos fiéis.
Resguardando o devido respeito e caridade, é preciso chamar as coisas pelo nome e orientar o povo na verdade do Evangelho sempre ensinada pela Igreja, pois disto dependerá a salvação de cada um. A palavra de Deus diz: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz e da luz trevas.” (Isaias 5,20)… Pois “o meu povo se perde por falta de conhecimento.” (Oséias 4,6). Nestes tempos de apostasia em que a caridade se esfriou, muitos pastores de almas mesmo conhecendo a verdade têm medo de expô-la ao povo. Zelosos com o próprio bem estar, estão mais preocupados em preservar o seu sossego e conservar a sua pele do que salvar as suas ovelhas. Como dizia o benemérito e já citado Cardeal Eugênio Sales: “O que falta na Igreja são calças… E também o conteúdo das mesmas.” Que Jesus mesmo vos dê a graça de conhecermos e vivermos a verdade é dê à sua Igreja, pastores zelosos que não tenham medo de dar a vida por suas ovelhas e conduzí-las ao caminho estreito da salvação.
Fonte: Pe. Rodrigo Maria (escravo inútil da Santíssima Virgem).